Amigos da A Professora Tia Lilian

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Gerânios, Trapiche e palavras.

Gerânio num vaso - Van Gogh, verão de 1886.


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Flores lembram amores, alegrias, festas e despedidas.


Pensando nisso lembrei de um texto do livro Trapiche...


Ei-lo!!!


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Quem não se lembra do primeiro amor? E da primeira


desilusão amorosa, quem não se lembra? A garganta


fechada, o coração partido, vontade de largar tudo e


sumir no meio do mundo. Lágrimas que confessam


motivos que foram descartados. Estes sentimentos tão


nossos e tão particulares vão encher as páginas deste


livro com personagens que trazemos dentro de nós.


Personagens que são criados ao longo de nossa história.


Isto porque amamos, porque traímos, porque temos


dificuldades com o perdão. Perdoar, verbo difícil de


conjugar; seria intransitivo se não fosse opcional.


Como lidar com o perdão nesta rede paradoxal


chamada vida? Rede onde nos encontramos


vítimas e vilões.


E nestes entrelaçados de amor e ódio, de traição e


perdão ainda achamos tempo para fantasias, pois a


Literatura sempre apostará a favor do homem para


cura de seu maior mal; a solidão. A Literatura nos


persuade à transgressão no que se refere a domínios.


Desta maneira construímos e destruímos, sorrimos


e choramos porque não somos constantes nem exatos.


O que somos?


Quando Thomas Hobbes disse que "o homem é o lobo


do homem" ele não estava errado, mas também não


estava totalmente certo, porque a análise da natureza


humana implica considerações positivas, grandiosas


e até mesmo majestosas, porque o homem cresce nas


suas complexidades e incertezas. Sua capacidade de


construir um pensamento moral e solidário numa


sociedade desigual sempre será o seu forte, apesar


de suas febres e paixões.


Esta é a natureza humana e com ela aprendemos


e nos encantamos.


(Texto de Luzia da Silva Almeida


Apresentação de seu livro)


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Flores, livro e palavras ... muitas palavras.